Poema da insatisfação
Rascunhado por
Liv
on terça-feira, 14 de dezembro de 2010
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Tenho fome, mas não apetece sair da cama
Tenho sede, mas um copo sequer irá saciar
Sinto frio, mas não tiro os pés da lama
Quero colo, mas este solo não irá me abrigar
Há solidão, mas um ombro amigo cairia bem
Vivo sonho, mas a realidade põe os pés no chão
Vivo festa, mas não convidei, não veio ninguém
Tenho sono, mas a insônia penetra no meu colchão
Em nauséas, mas a indigesta frieza me apavora
E as dores, mas os remédios que não curam
E tremores, mas as mãos que não mais seguram
Há alegria, mas o tormento que me devora
Ah, o amor, mas vejo a indiferença reinar
Eis a fome, a solidão e as náuseas no não amar
Relatos do fundo do poço
Rascunhado por
Liv
on quarta-feira, 8 de dezembro de 2010
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Eis que me encontro novamente
Na janela, debruçada
Em lágrimas, debulhada
Revirando temores da mente
Perversa! Humilha o pobre coração
Que já se encontra no fundo
No mais escuro e profundo
Poço... À espera da salvação
E em sua cruel e plena infinitude
Eu, ansiosa, aguardo a plenitude
De à superfície um dia retornar
Pois a dor, nada tão agonizante
Percorre o infinito num instante
Neste triste relato do não amar
Lágrimas na janela
Rascunhado por
Liv
on quinta-feira, 18 de novembro de 2010
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Esta noite sentei-me sobre a janela
A brisa batia suavemente em meu rosto
No criado-mudo, queimava a vela
Refletindo as lágrimas, amargo gosto
Imaginei ter visto o seu sorriso; o céu
Pedindo que me jogasse em seus braços
Implorei q tocasse os meus lábios de mel
Mas o choro derramou os meus fracassos
Mas quem disse que chorar é ser fraco
Engana-se, nada pode ser mais franco
Do que ao mundo revelar sentimentos
E tal percepção impediu-me de alto voar
E na janela do quarto fiquei a contemplar
O mais alto dos vôos: os bravos momentos
Quatro elementos
Rascunhado por
Liv
on segunda-feira, 6 de setembro de 2010
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Deixe fluir
As águas fluem para o mar
As emoções irão levar
Apenas deixe fluir
Compartilhe
O amor, sonhar em parceria
Paz interior, eterna alegria
Apenas compartilhe
Deite e sinta
Livre e essencial: o ar
O pulmão a atravessar
Apenas sinta
Deixe e viva
O fogo que invade, deforma
Atravessa e transforma
Apenas viva
Agradeça
Na união divina, o acalento
Na harmonia de cada elemento
Apenas agradeça
Manifesto do Silêncio
Rascunhado por
Liv
on segunda-feira, 9 de agosto de 2010
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O silêncio: um grito ensurdecedor
Manifesta-se vivo no Universo
Ecoa no ar, ou na latente dor
Ecoa no infinito deste verso
Eis o silêncio em alto e bom som
Um diálogo sereno, feito para ouvir
Na sonoridade Universal do OM
Ou na imensidão do mar sentir
Pois no silêncio encontro a mim
Solidão? Solidez? Começo do fim?
Sim, do sofrimento que inquieta
Afinal, no silêncio estou a meditar
Na plenitude de aprender e ensinar
No manifesto da paz que aquieta
Manifesta-se vivo no Universo
Ecoa no ar, ou na latente dor
Ecoa no infinito deste verso
Eis o silêncio em alto e bom som
Um diálogo sereno, feito para ouvir
Na sonoridade Universal do OM
Ou na imensidão do mar sentir
Pois no silêncio encontro a mim
Solidão? Solidez? Começo do fim?
Sim, do sofrimento que inquieta
Afinal, no silêncio estou a meditar
Na plenitude de aprender e ensinar
No manifesto da paz que aquieta
Considerações poéticas:
As expressões artísticas se mesclam, se misturam até o ponto em que não é possível saber mais o que é o que. Eis a mágica, a interligação e interdependência. Ex.: música = poema sonoro.
Pois a música a seguir, (ins)piração para escrever o que chamo de poema, mas pode não ser, nasceu de uma noite em que eu assistia ao filme Watchmen. Sound Of Silence faz parte da trilha:
As expressões artísticas se mesclam, se misturam até o ponto em que não é possível saber mais o que é o que. Eis a mágica, a interligação e interdependência. Ex.: música = poema sonoro.
Pois a música a seguir, (ins)piração para escrever o que chamo de poema, mas pode não ser, nasceu de uma noite em que eu assistia ao filme Watchmen. Sound Of Silence faz parte da trilha:
Dá-me Paris!
Rascunhado por
Liv
on quarta-feira, 4 de agosto de 2010
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Deus, salva a tarde enfadonha!
Com Edith Piaf. E jantares caros
Cigarros. Homens e seus carros
A ingenuidade sem-vergonha
Um porre, um amor de verdade
A juventude transviada! Amantes
Películas francesas, espumantes
Dá-me Paris de sedutora vaidade
Deus, envia minha alma à sorte
Oh! Carpe Diem... C'est la vie!
Embriaga-me em uma perfumerie
Ou desgraça-me a viver a morte
Oh, suplico! Livra-me! Livra-me
Da rotina e solidão... Sufocantes
Quero o som dos passos flutuantes
Da malícia. Dá-me Paris. Dá-me!
Complementação ou Observação pós poema:
Experiência não me fez sábia
Sabedoria não evitou os erros
Uma mulher vivendo os mesmos
Que até uma adolescente viveria
Com Edith Piaf. E jantares caros
Cigarros. Homens e seus carros
A ingenuidade sem-vergonha
Um porre, um amor de verdade
A juventude transviada! Amantes
Películas francesas, espumantes
Dá-me Paris de sedutora vaidade
Deus, envia minha alma à sorte
Oh! Carpe Diem... C'est la vie!
Embriaga-me em uma perfumerie
Ou desgraça-me a viver a morte
Oh, suplico! Livra-me! Livra-me
Da rotina e solidão... Sufocantes
Quero o som dos passos flutuantes
Da malícia. Dá-me Paris. Dá-me!
Complementação ou Observação pós poema:
Experiência não me fez sábia
Sabedoria não evitou os erros
Uma mulher vivendo os mesmos
Que até uma adolescente viveria
Revelações
Rascunhado por
Liv
on terça-feira, 3 de agosto de 2010
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Revelações intrinsecamente equacionadas
Entre parâmetros obtusos e protuberantes
Senão obstante... Muito pelo contrário!
Revelações sutis, intrinsecamente conectadas
Com o oculto do ser, e por incidência do destino
Essências em permanentes devaneios transformadas
Revelações que alastram todo o teor alcoólico
E intelectual, lançados na mesa do esquecer
Na esquina do ter, distante da pilastra do ser
Revelações que exalam o conhecimento e a perspicácia
Traduzem ideologias e utopias... Palavras tão díspares
Tão concomitantemente iguais. Indubitável clareza!
Revelações que desatinam sem doer, ardem sem se ver
Delineadas por Camões viram fogo ardente, calor
Revelações tão contrárias a si como o próprio amor
Entre parâmetros obtusos e protuberantes
Senão obstante... Muito pelo contrário!
Revelações sutis, intrinsecamente conectadas
Com o oculto do ser, e por incidência do destino
Essências em permanentes devaneios transformadas
Revelações que alastram todo o teor alcoólico
E intelectual, lançados na mesa do esquecer
Na esquina do ter, distante da pilastra do ser
Revelações que exalam o conhecimento e a perspicácia
Traduzem ideologias e utopias... Palavras tão díspares
Tão concomitantemente iguais. Indubitável clareza!
Revelações que desatinam sem doer, ardem sem se ver
Delineadas por Camões viram fogo ardente, calor
Revelações tão contrárias a si como o próprio amor
Aurora
Rascunhado por
Liv
on segunda-feira, 2 de agosto de 2010
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Queria amar-te bem devagarinho
Sentindo os dedos entre os meus
Sentindo os dedos entre os meus
Em ti, aconhegar-me de mansinho
Entreter-me com os carinhos teus
Sentar-me na varanda ao teu lado
Recatada como uma moça virgem
Ou atirada, nua sob o olhar safado
Num rio deleitar-me na margem
Mas causar-me-ia espanto agora
Se o singelo sonho da linda aurora
Repousasse lento sobre nós dois
Brisa de amor. Estrelas cairiam do céu
Não haveriam noites escuras ou fel
Mas, sim, dias com dois ou mais sóis
To the dancers in the rain
Rascunhado por
Liv
on segunda-feira, 26 de julho de 2010
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Não, não quis mais jogos de azar
Não se tratava de perder ou ganhar
O meu amor que estava em jogo
Não podia esperar; nem brincar
Os beijos meu coração entendeu
Selados na chuva, não esqueceu
We were dancers in the rain
E o tempo assim transcendeu
Veja: o amor não se foi, só cansou
Pra bem longe, esquecer, voou
Foi descansar, viver por ele mesmo
E um pedaço com você deixou
Beija-flor
Rascunhado por
Liv
on segunda-feira, 28 de junho de 2010
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Voa por entre as matas verdejantes
Voa amado beija-flor, sem direção
Sem norte, sem pouso, nem apego
Vá enquanto vejo-te voar ao longe
Observo o quão alto voa. E rápido
Próximo de mim apenas para bicar
Apenas para sugar meu néctar
E depois ir, sempre mais longe
De onde sequer eu possa alcançar
Voa livre. E outra flor vá beijar
Enquanto eu fico só a te invejar
Amado. Sempre meu. Nunca meu
Voa amado beija-flor, sem direção
Sem norte, sem pouso, nem apego
Vá enquanto vejo-te voar ao longe
Observo o quão alto voa. E rápido
Próximo de mim apenas para bicar
Apenas para sugar meu néctar
E depois ir, sempre mais longe
De onde sequer eu possa alcançar
Voa livre. E outra flor vá beijar
Enquanto eu fico só a te invejar
Amado. Sempre meu. Nunca meu
Acalento
Rascunhado por
Liv
on sábado, 12 de junho de 2010
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A arte de chorar e rir ao mesmo tempo
Quando tão absurdo é pensar no tempo
E em quem me toma o que há de tempo
E relativo é saber que mais que tempo
Lacônico, sádico e atrapalhado tempo
O que preciso mesmo é de um acalento
Quando tão absurdo é pensar no tempo
E em quem me toma o que há de tempo
E relativo é saber que mais que tempo
Lacônico, sádico e atrapalhado tempo
O que preciso mesmo é de um acalento
Dança do amor
Rascunhado por
Liv
on sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010
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Dois pra lá, dois pra cá
Mas estou conduzindo
Dançando
Aqui e acolá
Alguns acham que sou má
Mas estou me divertindo
Jogando
Que mal há?
Se apenas quero bailar
Estou apenas brincando
Sonhando
Até onde dá...
Mas estou conduzindo
Dançando
Aqui e acolá
Alguns acham que sou má
Mas estou me divertindo
Jogando
Que mal há?
Se apenas quero bailar
Estou apenas brincando
Sonhando
Até onde dá...
Colcha de retalhos
Rascunhado por
Liv
on sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010
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Quem é você? Quem é?
Cheio de razão pra dizer
O que eu devo esperar
O que eu devo querer
Ordeno que me deixe!
Aceite a melancolia
Deixa-me viver a ilusão
Que o vento leva num dia
A maré traz de volta noutro
Envolta em pensamentos
Sentimentos e emoções
Costurados num só ser
Como uma colcha de retalhos
Deixa-me viver a ilusão
Esperar na janela
Esperar, esperar em vão
Que me importa a expectativa
Pois quero viver, sonhar
É um direito meu, não?
Na janela esperar...
Envolta na colcha de retalhos
Na noite que se faz tão bela
Testemunha do nosso amor
Seguro-a. Tem o cheiro
Tem o seu sabor
Lamentos e sensações
Alegrias e decepções
Entrelaçados num só ser
Como uma colcha de retalhos...
Desprezo
Rascunhado por
Liv
on domingo, 14 de fevereiro de 2010
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Continue a desprezar quem te ama
A mergulhar fundo na superficialidade
Poupando-me da espera, do sentir
Ou preocupado com a culpa que há de vir?
Culpa! Culpa! Quem a tem se te quero?
Se nada além de amor é o que espero
Mas se desprezo é tudo que pode ofertar
Viva a superficialidade do não amar...
A mergulhar fundo na superficialidade
Poupando-me da espera, do sentir
Ou preocupado com a culpa que há de vir?
Culpa! Culpa! Quem a tem se te quero?
Se nada além de amor é o que espero
Mas se desprezo é tudo que pode ofertar
Viva a superficialidade do não amar...
Seu, meu modo de amar
Rascunhado por
Liv
on terça-feira, 9 de fevereiro de 2010
Não, não pensei que era só meu
O seu amor
Mas não pensei que não era seu
O tal do amar
Que a ti não mais importava
Ser amado
Que tão longe do amor estava
O coração calado
Não, não pensei que era só meu
O seu ardor
Mas não quero dividir o suor seu
Com outro calor
Não, não pensei em administrar
Tanta sedução
Sequer pensei ser capaz de sonhar
Em meio a ilusão
Mas não pense que eu sou boba
Sem razão
Nem espere que eu te espere a vida toda
Para receber o não
Não, não pense que não sofro só
Ou em vão
Mas também saiba que a cada nó
Dissipa-se a paixão
O seu amor
Mas não pensei que não era seu
O tal do amar
Que a ti não mais importava
Ser amado
Que tão longe do amor estava
O coração calado
Não, não pensei que era só meu
O seu ardor
Mas não quero dividir o suor seu
Com outro calor
Não, não pensei em administrar
Tanta sedução
Sequer pensei ser capaz de sonhar
Em meio a ilusão
Mas não pense que eu sou boba
Sem razão
Nem espere que eu te espere a vida toda
Para receber o não
Não, não pense que não sofro só
Ou em vão
Mas também saiba que a cada nó
Dissipa-se a paixão
Estrelas
Rascunhado por
Liv
on sexta-feira, 8 de janeiro de 2010
Até as estrelas no céu me olham inexpressivas
Sem o calor e o som que estão ao longe
Parecem ainda mais distantes e depressivas
Se não as tenho, nem a paciência de um monge
Ah, quanta falta faz a luz que delas emana
Que como um guia costumava me orientar
Livrava-me da minha própria mente insana
Das marcas... A dor e a delícia de te amar
Sei de cor seus medos e a sua fantasia
E quando eu for embora sei que cantará
A canção do Oswaldo Montenegro que a gente ria
E sei que sentado sob as estrelas e a lua fria
Entre tantas recordações, da música lembrará
E quem sabe um dia me encontrará em alegria
Sem o calor e o som que estão ao longe
Parecem ainda mais distantes e depressivas
Se não as tenho, nem a paciência de um monge
Ah, quanta falta faz a luz que delas emana
Que como um guia costumava me orientar
Livrava-me da minha própria mente insana
Das marcas... A dor e a delícia de te amar
Sei de cor seus medos e a sua fantasia
E quando eu for embora sei que cantará
A canção do Oswaldo Montenegro que a gente ria
E sei que sentado sob as estrelas e a lua fria
Entre tantas recordações, da música lembrará
E quem sabe um dia me encontrará em alegria
Pele
O toque sensual, bem de mansinho, malicioso
Ao corpo traz o aconchego... Ah, afago jocoso
Que dá a alma paz e conflito! Gosto de subversão
Charada arriscada, folia, aposta com a emoção...
Jogo de pele... Que de leve encosta uma na outra
Em posições que parecem ter saído do kama sutra
Mas por debaixo da colcha, apenas o puro instinto
Reações que atravessam a mente e o espírito
Ao corpo traz o aconchego... Ah, afago jocoso
Que dá a alma paz e conflito! Gosto de subversão
Charada arriscada, folia, aposta com a emoção...
Jogo de pele... Que de leve encosta uma na outra
Em posições que parecem ter saído do kama sutra
Mas por debaixo da colcha, apenas o puro instinto
Reações que atravessam a mente e o espírito
Polaridade
De alegria, chora a alma
Transitando na ânsia calma
Com a aorta dilacerada
Mas de alma renovada
Sensibilidade a mil
Transborda de sangue vil
O instinto aflorado
No tumulto gerado
Tumulto de percepções
No duelo de sensações
Que urgem nos astros
Nos planetas e cosmos
Borbulham as aflições
Misturam-se as estações
O frio congela a apatia
O calor aquece a sabedoria
Transitando na ânsia calma
Com a aorta dilacerada
Mas de alma renovada
Sensibilidade a mil
Transborda de sangue vil
O instinto aflorado
No tumulto gerado
Tumulto de percepções
No duelo de sensações
Que urgem nos astros
Nos planetas e cosmos
Borbulham as aflições
Misturam-se as estações
O frio congela a apatia
O calor aquece a sabedoria