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Os poemas que a ti escrevo...

Escrevo poemas. A que te importa?
Se entram em minh’alma ... Num fogo
De mansinho, batem a minha porta
Exibem as armas, revelam o jogo

Penetram no âmago do meu ser
Rimam e até fazem acrobacias
Zombam de todo o meu querer
Do existir sem suas mãos macias

Ah, afago que me faz perder o chão
Torna o ocaso a mais pura ilusão
Que me deixa a noite e rouba o dia

Sedenta da voz, enamorada, absorta
Deito-me ao leito, a voz se cala, morta
E clamo por seu amor em meio a poesia!

Saudade

Saudade que sente
Não se explica
Vem de repente
Pede, suplica

Cobiça o cheiro
O corpo, a alma
Vem a dor primeiro
Depois acalma

Acalenta no frio
Apenas no pensar
Saudade é um rio
Correndo sem cessar

E mesmo esperançoso
Lugar melhor não há
Neste quarto calmoso
E com você sonhar

Os homens da vida de uma mulher...


João passou sorrateiro
Veio tão ligeiro
Tão rápido pro mundo voou
Nem rastros deixou

Pedro veio pedreiro
Virou carpinteiro
Era noivo de Maria
Mas casou-se com Joaquina

Carlos dizia ter dinheiro
Mentia, pois era porteiro
Falava que gostava de mim
Mas também saia com Serafim

Fernando foi o primeiro
Parecia ser certeiro
Mas era só tomar cerveja
Que me batia até na igreja

Geraldo era caseiro
Do sofá, sequer tirava o traseiro
Trocava até sexo no chão
Por um canal de televisão

Givaldo era faceiro
Educado como bom mineiro
Comia tão quieto
Que tinha família até no teto

Por fim, o mais passageiro
Foi Jeremias maconheiro
Traficante de renome, machão
Colocou-me num caixão