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Beija-flor



Voa por entre as matas verdejantes
Voa amado beija-flor, sem direção
Sem norte, sem pouso, nem apego

Vá enquanto vejo-te voar ao longe
Observo o quão alto voa. E rápido
Próximo de mim apenas para bicar

Apenas para sugar meu néctar
E depois ir, sempre mais longe
De onde sequer eu possa alcançar

Voa livre. E outra flor vá beijar
Enquanto eu fico só a te invejar
Amado. Sempre meu. Nunca meu

Acalento

A arte de chorar e rir ao mesmo tempo
Quando tão absurdo é pensar no tempo
E em quem me toma o que há de tempo

E relativo é saber que mais que tempo
Lacônico, sádico e atrapalhado tempo
O que preciso mesmo é de um acalento