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Quem ganha, quem perde

Eu te odeio como odeio a mim mesma
Por não te odiar o quanto eu queria odiar
E talvez nem seja ódio o que eu sinto
Seja algo que eu nem queira imaginar

Talvez seja o sentimento de perder
Enquanto vences e levas tudo!
E eu me contento com o que resta
O que sobra do meu eu, desnudo!

Fico com as migalhas do teu amor
Sem mais cartas na manga. Veja!
Blefando, sem mais azes pra jogar
Esperando por um milagre que seja

Mas os juízes decidem, ou os deuses
O malhete bate na mesa, a vida breve
E os dados são lançados, sem piedade

Enquanto vejo-te ao longe... Segue...

Leveza insustentável

Procuro palavras vãs e rebuscadas
Para sintetizar quão leve é a leveza
Insustentável nas horas erradas
Das tuas lembranças, ora tristeza
(lembranças das melodias cantadas)

Somente compreenda, carinho meu
Não me refiro ao amargo da tristeza
Só a percepção: o tempo se perdeu
Esqueceu de cultivar a nossa leveza
(esqueceu do carinho meu e teu)

E ela se foi, voou para bem distante
Buscando outro mágico sentimento
Que pudesse trazer logo ali, adiante
A saudade daquele instintivo momento
(saudade de corpo e mente)

Pois tanto anseio e cargas emocionais
Retratam a essência... A fragilidade
Mas só se caracterizam pessoas reais
Pelo âmago do ser, da sensibilidade
(âmago dos nossos ideais)