E a menina, de fome chora
Chora em vão pela madrugada
Que massacra o dia inteiro
E cai a noite em desespero
Deslizes e desfaçatez, talvez
Infelicidade que ronda ligeira
E o povo, sem voz, sem vez
Na barriga, a fome sorrateira
"Disfarça com água e farinha
Embrulha o estômago com ar"
É só o que a mãe pode dizer
A menina faz aquela carinha
"Ar que falta até para respirar"
É só o que pode responder
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