Nos acordes transcendentais
Nas vísceras rasgadas com o mais fino açoite
Nas acrobacias monumentais
Dos nossos corpos vagando... Nus pela noite
Nas melodias suaves e clichês
Que falam de amor. Oh, sublime indulgência!
Soam tal qual velho filme francês
O mais puro lirismo breve, clamando urgência...
Na voz escravizada dos anjos
A brasa sonora que abriga a delicada sinfonia
São os versos de doces arranjos
Que unem nossos corpos em perfeita harmonia
Enamorada das notas musicais
Ritmo, tempo... Sons e silêncio em perfeita sucessão
O timbre dos sussurros teatrais
Na arte das musas, o profundo suspiro finda a canção
Arte de amar

Tratou de explicar
Aquilo que os poetas
Teimam escrever e ousar
Afinal, quem nunca
Pôs-se a rascunhar
Sobre a tal arte de amar
Química, física, biologia
Até a filosofia quer explanar
E em meio a tantos blá blá blás
Ainda me perco na arte de amar
Ama-se por paixão? Intuição?
Ou ama-se simplesmente
Pela beleza da arte de amar...
Fome
Rascunhado por
Liv
on sábado, 12 de setembro de 2009
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E a menina, de fome chora
Chora em vão pela madrugada
Que massacra o dia inteiro
E cai a noite em desespero
Deslizes e desfaçatez, talvez
Infelicidade que ronda ligeira
E o povo, sem voz, sem vez
Na barriga, a fome sorrateira
"Disfarça com água e farinha
Embrulha o estômago com ar"
É só o que a mãe pode dizer
A menina faz aquela carinha
"Ar que falta até para respirar"
É só o que pode responder
Chora em vão pela madrugada
Que massacra o dia inteiro
E cai a noite em desespero
Deslizes e desfaçatez, talvez
Infelicidade que ronda ligeira
E o povo, sem voz, sem vez
Na barriga, a fome sorrateira
"Disfarça com água e farinha
Embrulha o estômago com ar"
É só o que a mãe pode dizer
A menina faz aquela carinha
"Ar que falta até para respirar"
É só o que pode responder
Ilusão
Rascunhado por
Liv
on sexta-feira, 4 de setembro de 2009
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noite
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Sim, digo que já tive uma ilusão
Tão rápido se foi, assim como veio
Só sei que no peito deixou um vão
No coração, espaço aberto, vazio
Ah, quisera estar tão cega de iludida
Como companheira teria a felicidade
Que traria o sorriso na face perdida
E de nada importar-me-ia a verdade
Se o sonho acalentado tão ferozmente
Seria vivido nas noites mais frias
E nos dias de nuvens entristecidas
Se o sonho acalentado tão alegremente
Deixar-me-ia lembranças de beijos ardentes
De dois corpos sedentos em noites calientes
Tão rápido se foi, assim como veio
Só sei que no peito deixou um vão
No coração, espaço aberto, vazio
Ah, quisera estar tão cega de iludida
Como companheira teria a felicidade
Que traria o sorriso na face perdida
E de nada importar-me-ia a verdade
Se o sonho acalentado tão ferozmente
Seria vivido nas noites mais frias
E nos dias de nuvens entristecidas
Se o sonho acalentado tão alegremente
Deixar-me-ia lembranças de beijos ardentes
De dois corpos sedentos em noites calientes