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Apelo poético

Adoro ouvir os comentários sobre o que eu escrevo. Eu sei, isso pode parecer egoísta e narcisista, mas não é. Assim como um quadro exposto na parede gera interpretações das mais diversas, todas subjetivas e de acordo com a visão de mundo do espectador, o mesmo acontece com um pensamento, um poema etc. E esse feed back é fantástico! Sobre este em especial, a maioria disse que eu estava apaixonada. Um amigo disse q se tratava do meu alter-ego masculino. De qualquer forma, o poema traz mais lembranças da chuva torrencial que caia do lado de fora do ônibus que me levava de volta pra casa. Foi com este cenário que veio a vontade de escrever (embora eu não fale da chuva em nenhum momento...risos).

Imagem retirada do site: http://www.ladjanebandeira.org/

Liberte-me desta moça
que me descreve em versos
fábulas, prosas e poesias
suspira ao imaginar
a minha face junto à dela

Liberte-a da solidão
faça-a encontrar um ser
tão real quanto eu sou ilusório
que corresponda com carícias
permaneça cordial a sua ingenuidade

(Momentos aos quais não posso presenteá-la)

Ah, se eu não viesse do papiro
tocaria levemente os seus lábios
beijaria a sua mão delicada
completaria o vácuo
desamparado neste pobre coração...

Por fim, ouça o apelo deste fragmento da natureza
explique a esta alma, por favor!
que as palavras têm sentimentos
mas este personagem (fruto da imaginação)
que invade os seus sonhos
nas noites frias e solitárias
existe apenas na tinta
que aos prantos percorrem o papel
borram com as lágrimas da jovem
que não sabe o que é amar...

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