
Se entram em minh’alma ... Num fogo
De mansinho, batem a minha porta
Exibem as armas, revelam o jogo
Penetram no âmago do meu ser
Rimam e até fazem acrobacias
Zombam de todo o meu querer
Do existir sem suas mãos macias
Ah, afago que me faz perder o chão
Torna o ocaso a mais pura ilusão
Que me deixa a noite e rouba o dia
Sedenta da voz, enamorada, absorta
Deito-me ao leito, a voz se cala, morta
E clamo por seu amor em meio a poesia!